terça-feira, 23 de setembro de 2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
DO AVANÇO AO VÍCIO TECNOLÓGICO
Ao pensar na palavra tecnologia, nos
remete imediatamente o significado de avanços e surgimentos apenas de aparelhos
eletrônicos, como computador, celular, dentre outros. Mas a ideia de avanço
tecnológico vai muito além, à medida que abrange tudo que usufruímos ou fazemos
no momento atual, ou seja, tudo foi transformado e evoluído, o modo de se
comunicar, a produção de vestimenta, a maneira de comer, diversos aspectos que
mudaram e continuam mudando o comportamento do ser humano.
Dentre isso, a tecnologia foi e é
importantíssima para a vida humana, ao modo que contribui para diversas
descobertas que auxiliam na qualidade de vida do homem, descobrimentos de
medicamentos, aparelhos e máquinas de exames que antecipam a descobertas de
doenças, promovendo a possibilidade de cura, a comunicação em tempo real, ao
qual muitas informações são possíveis de se conhecer e a ampliação desta para o
acesso da sociedade.
No entanto, criou-se também uma espécie de vício desta tecnologia,
com tantos recursos que o homem se vê totalmente escravo das máquinas e dos
aparelhos, trocando até o contato pessoal pelo virtual, prejudicando as
relações sócias e tornando ainda mais uma sociedade individual e desigual. O
que Behrens (2005) descreve quando diz que ao apresentar a tecnologia em uma
sociedade capitalista, a sociedade sofreu uma massificação e um comprometimento
da visão do homem e da sua visão de mundo.
Portanto, essas questões são fundamentais para a discussão na
educação, sabendo que a escola tem um grande desafio ao propor ações que atenda
todo esse contexto. O que diz Kenski (2010) ao citar que a escola precisa criar
um espaço crítico em relação ao uso e apropriação dessas tecnologias, para que
a criança tenha a possibilidade de refletir diante o seu grupo social, como
cidadão.
Assim o professor deve estar atendo a como lhe dar com todas essas
divergências, tendo uma preocupação com uma aprendizagem significativa, mudando
o foco de ensinar, segundo Behrens (2005), passando a ter atenção com o
aprender, em especial, o “aprender a aprender”, possibilitando a construção de
conhecimento.
Bibliografia:
KENSKI,
Vani Moreira. “O que são as tecnologias?
Como convivemos com as tecnologias?” In Tecnologias e Ensino Presencial e a
Distância. 9ª ed. Campinas: Papirus, 2010, p. 17-27
BEHRENS, Marilda
Aparecida. Tecnologia interativa a serviço da aprendizagem colaborativa num
paradigma emergente. In: Integração das Tecnologias na Educação/
Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da Educação, Seed,
2005. 204 p.; il. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/2sf.pdf>Acesso:
setembro de 2014.
terça-feira, 9 de setembro de 2014
MINHAS PRIMEIRAS TECNOLOGIAS
MINHAS PRIMEIRAS TECNOLOGIAS
Nária
Aparecida Moura Ribas
Vejo-me agora tentando
escrever um memorial da minha infância com o intuito de descrever como a
tecnologia ingressou em minha vida, quais as lembranças que marcaram
significativamente para expor entre as linhas as sensações e sentimentos com
tais mudanças.
Então acho que posso
começar falando um pouco quem sou contextualizando toda essa história que
remete recordações até engraçadas com relação a manusear tais aparelhos
tecnológicos e como tudo era estranho e inovador na época, mas uma coisa era certa
como era bom ser criança, aprender, brincar ou até aprender brincando.
Mas enfim, nasci em
1985, na cidade de Campinas e com mais ou menos uns
sete anos de idade me lembro de um fato que trouxe mudanças na rotina de casa,
meu pai comprou um aparelho telefônico e no bairro poucas pessoas tinham então
ele fez um caderno para ter controle das ligações realizadas, porque várias pessoas pediam para
utilizar e no fim do mês quando chegava a conta, ele sabia de quem cobrar.
Mas o interessante é
que o telefone em casa era novidade mesmo, sempre que tocava era uma briga
entre eu e minha irmã para atender e quando as pessoas vinham falar queríamos
escutar e lembro-me de uma inquietação de querer saber como as pessoas
conseguiam falar lá de dentro, sendo que estavam tão longe, engraçado, mesmo
meu pai tentando explicar era tudo esquisito.
A televisão já era
hábito em casa, principalmente porque minha mãe gostava de ver as novelas, mas a
regra era rígida nada de falar ou fazer bagunça durante o jornal e ao acabar o
programa o destino era a cama, sem nem questionar. Os desenhos eram todos da emissora
Cultura, pois era o canal aberto, acho que nem outros tinham, adorávamos
assistir “Ratimbum” e interagíamos o tempo todo com as atividades que eram
propostas.
Lembro-me da escola de
atividades tradicionais, apenas cartilhas e livros didáticos, nada de aulas
diferentes e inovadoras, apenas a grande lousa verde e o giz branco sempre
lotada de matéria e o tempo curto para escrever tudo no caderno. Ah! E os
trabalhos não posso deixar de registrar aqui, todos escritos à mão,
obrigatoriamente na folha de almaço.
O computador fui ter apenas na adolescência,
quando já estudava no curso de Magistério e mesmo assim a desconfiança era
enorme com aquele aparelho, para fazer o trabalho primeiro escrevia tudo a mão
para depois digitar, demorava horas e horas, o que era para facilitar
complicava mais ainda na época. O que não tenho como esquecer foi o trabalho
que perdi todo por não ter salvo corretamente, chorei muito e foi difícil
conquistar uma amizade confiável com aquela máquina. Mas hoje somos inseparáveis
e é uma ferramenta fundamental para meus estudos, no entanto o percurso foi
sofrido para conhece-lo e manuseá-lo.
Da minha infância até
os dias atuais muitas foram as mudanças e adaptações em decorrência aos avanços
tecnológicos, isso em praticamente em tudo que usamos no dia a dia. É claro que
a tecnologia melhorou e facilitou muita coisa na vida do ser humano, no entanto
realizando este memorial e relembrando os fatos como eram, muita coisa se
perdeu, percebo que principalmente o contato físico das pessoas, até mesmo com
as crianças, que se envolvem e brincam apenas com jogos virtuais ou videogames,
deixando de explorar outras atividades de socialização, movimento corporal,
ficando reféns dessa tecnologia.
Enfim acredito que é
necessário um equilíbrio e fazer dessa tecnologia apenas uma ferramenta para
auxiliar e não deixá-la gerenciar toda nossa vida. Algo para se pensar justamente
para nós professoras que trabalhamos com muitas infâncias.
Assinar:
Postagens (Atom)